domingo, 15 de junho de 2008

Carbonis.

carvão
Manto negro sobre a pele
penhasco sem fundo
Solidão
Crianças pobres
Pé descalço
Promessa
Escravidão
carvão
Paga almoço
Fere a alma
Perde infância
gordo patrão
Fica o sangue por centavo,
O que é humano miserável
E sobra calo na mão

A fumaça sobe leva minha alma
o céu azul encobre o desespero,
me acalma...

e quem se humilha calado
Vê pingando um trocado
Um sorriso vazio sem dente
Sem terra, sem teto, sem mente
Não dá para aceitar
Em pleno ano dois mil
Trabalhador escravo no Brasil.




(Renato Aranha )

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