quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Muita gente não lerá.

MUITA GENTE NÃO LERÁ!
Ontem, pelas tantas, trocava uma ideia com Slow da BF aqui pelo Face, e falávamos sobre o dia 30 de abril, em que se comemora o dia da Baixada Fluminense. Comentávamos sobre a ausência de uma programação cultural por parte de nossos representantes. Aí, o Slow lembrou-me de um evento inesquecível, pelo menos para gente do Rota Espiral. Ele me lembrou que há uns 5 anos, os artistas locais se organizaram (FOMEC – quem lembra?) para fazer um evento. A banda Radar 021 tocou, até um grupo de RAP do Capão Redondo, Poder de Pensar, veio participar.  Aquele evento foi a primeira apresentação da banda Rota Espiral, ou pelo menos seria, se não tivéssemos o som cortado na terceira música... Ficou marcada a data, alguns falam que foi questão política, outros que simplesmente o operador de áudio estava sem comer e quando acabou o seu horário, desligou o som. De qualquer forma, não foi por isso que paramos com o nosso projeto, não foi por isso que deixamos de representar este lado do Estado, muitas vezes esquecido pelo poder público, carente de tantas coisas. Foi bom lembrar que a primeira apresentação nossa, interrompida no início da 3ª música, foi num dia da Baixada, e que depois disso, fizemos tantas coisas levando o nome da Baixada: quando os trens pararam, estivemos na CNT, com a música operário, depois estivemos na 4ª Jornada Cultural da Baixada, depois no Dia da Baixada no SESI de Duque de Caxias. Convidados como atração no FECEM, participando do Prêmio Dynamite em SAMPA e tantas outras coisas que muitas vezes não vem à tona.  Assim como muita coisa não vem à tona dos nossos amigos artistas, como por exemplo: o próprio Slow da BF, que já rimou com todo mundo desse país; banda Confronto que tem uma carreira internacional e é da Baixada; César Belieny, hoje em carreira solo, mas que foi indicado ao Grammy Latino  com a Banda Nocaute que é outra preciosidade da Baixada; que o Helmo Bocão já trouxe o Planet Hemp ( que lotou o Lolapalooza) na quadra do Colégio Gurarapes; Dida Nascimento; Sylvio Neto (ou Sylvio Rasta) O poeta inconformado; Rás Bernardo; Lazão; Bino; Lauro Fárias, Renato Biguli. Galera dos cineclubes: Márcio Graffiti, Cacau Amaral.  Sem falar na galera que trabalha por trás dos palcos para que os shows aconteçam: Sérgio Moreno, Sidcley Moreno, Ronie T. E com certeza aqui estou sendo injusto com tanta gente nossa, gente da gente, que não lembrei de citar.(e que vale à pena vocês comentarem aí embaixo)
    Esses dias encontrei o Bylli (Orbílio)no Shopping Grande Rio, quem imagina encontrar tão facilmente o produtor do Paralamas aqui em São João de Mentirinha. Confesso que cheguei a duvidar desse fato quando tocamos na festa da Matriz e ao final da apresentação fomos apresentados a ele. É engraçado como às vezes uma verdade soa como mentira, quando falo que conheci B. Negão no Clube 1 em Vilar dos Teles, quando ele divulgava o trabalho do The Funk Fuckers; parece mentira quando digo que conheci Bernardo Vilena, grande parceiro de composições com Lobão, Cazuza e outros...numa rua da Piam em Belford Roxo, no dia da Consciência Negra; que também, eu e Sylvio Neto, numa roda de amigos, trocamos ideia com os Racionais, isso um pouco antes deste booommm todo de Sobrevivendo no Inferno e esse encontro se deu no Social Clube Meriti e que neste dia, além da Banda Nocaute, também tocou Vinny e os Pitbulls (esse mesmo “mexe a cadeira) que na época fazia rock.
    Com certeza, muita gente não sabe que o compositor de “deixa vida me levar” famosa na voz do Zeca, é de um cara que carrega no nome artístico, o nome do município (Serginho Meriti) e que o Sr. Mauro Mota (produtor, compositor, músico)que produziu Raul Seixas, já ganhou 4 Grammys Latinos, produzindo  outros artistas, mora em Guapimirim. Todos nesse caldeirão cultural, muitas vezes sem os holofotes que merecem, mas sempre fazendo, sempre produzindo, sempre... sempre... sempre... 

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