segunda-feira, 28 de julho de 2008

Urbanitário

Urbanitário

Sou escravo quando vejo que não há retorno justo no trabalho,
Que falta salário,
Quando não há justiça
perco meu itinerário
para disfarçar minhas tristezas
No amor de terezas
No credo das rezas
Na cerveja das sextas
No som das serestas.

Sou de tribo
De gueto
Tenho febre da noite
O dia vem, e com ele o açoite

Mas estou em qualquer lugar
Em que haja um suspiro de dor
Um perfume vulgar
Um lamento de amor
Um batuque, um aroma de flor
No balde vendidas
De mesa em mesa
Para as marias acompanhadas
E as solteiras terezas . 28/07/2008

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